Diabetes:
A glicose (açúcar no sangue) é essencial à vida. O nosso organismo utiliza o açúcar para produzir energia indispensável ao funcionamento normal dos vários órgãos e tecidos.
Para que a glicose possa ser utilizada pelo organismo, tem que passar do sangue para o interior das células (os “tijolos” que constituem o nosso organismo). Na maioria das situações esse transporte para dentro das células só é possível com a ajuda de uma importante hormona: a insulina.
A insulina é uma hormona (substância química produzida pelo organismo) que tem como função regular a glicemia. Ela é produzida por agrupamentos de células espalhadas pelo pâncreas, um órgão do nosso organismo. Em situações normais e desde muito cedo na vida – antes de nascermos – o pâncreas produz esta hormona que retira o “açúcar” do sangue, transportando-o para dentro das células. Desta forma, os níveis de “açúcar” no sangue (glicemia) baixam.
Na Diabetes mellitus, esta situação está alterada. A característica mais importante e que define a Diabetes mellitus é a subida anormal e descontrolada da glicemia ou “açúcar no sangue”. Isto é causado por problemas com a produção de insulina ou com a sua atuação nas células (a chamada “resistência à insulina”).
Tipos de Diabetes:
– Diabetes Tipo 1
– Diabetes Tipo 2
– Diabetes Gestacional
– Outros tipos de Diabetes
Existem outros tipos de diabetes além do Tipo 1, Tipo 2 e Gestacional, mas esses ocorrem com muito menor frequência. São eles:
– Diabetes Tipo LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults): costuma ser confundido com a diabetes do tipo 2. A maior incidência concentra-se em pacientes entre 35 e 60 anos. A manutenção do controle de glicemia é o principal objetivo do tratamento do portador de diabetes tipo LADA. Um aspecto que deve ser levado em conta, refere-se à progressão para a necessidade de terapia com insulina.
– Diabetes tipo MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young) que afecta adultos jovens mas também adolescentes e crianças. Apresentam-se com características de diabetes tipo 2 e são causadas por uma mutação genética que leva a uma alteração da tolerância à glucose.
– Diabetes Secundário ao Aumento de Função das Glândulas Endócrinas (Ex: doença de Cushing, acromegalia ou gigantismo, feocromocitoma, glucagenoma)
– Diabetes Secundário a Doenças Pancreáticas (Exemplos: pancreatite crónica, Destruição pancreática por depósito de ferro denominado hemocromatose)
– Resistência Congênita ou Adquirida à Insulina
– Diabetes Associado a Poliendocrinopatias Auto-Imunes
– Diabetes Relacionados à Anormalidade da Insulina (Insulinopatias)
Diagnóstico:
O diagnóstico é feito através dos sintomas que a pessoa manifesta e é confirmado com análises de sangue. Outras vezes podem não existir sintomas e o diagnóstico ser feito em exames realizados por outra causa.
Os sintomas relacionados com o excesso de açúcar no sangue aparecem, na diabetes tipo 2, de forma gradual e quase sempre lentamente. Por isso, o início da diabetes tipo 2 é muitas vezes difícil de precisar.
Os sintomas mais frequentes são:
- a fadiga,
- poliúria (urinar muito e com mais frequência) e
- sede excessiva.
Muitas vezes o doente não apresenta estes sintomas (ou dá-lhes pouca importância) e o diagnóstico é feito por análises de rotina.
Nas análises encontramos uma quantidade de açúcar no sangue aumentada (hiperglicemia) e aparece açúcar na urina (glicosúria).
Pode ser uma pessoa com Diabetes:
- Se tiver uma glicemia ocasional de 200 mg/dl* ou superior com sintomas
- Se tiver uma glicemia em jejum (8 horas) de 126 mg/dl ou superior em 2 ocasiões separadas de curto espaço de tempo
Fonte:
https://controlaradiabetes.pt/