O suicídio refere-se ao ato deliberado e intencional levado a cabo pela pessoa para pôr termo à própria vida. É um fenómeno complexo e multideterminado, que envolve fatores individuais, familiares, biológicos, psicossociais e culturais.

Atualmente, o suicídio é considerado um problema de saúde pública.

Estatísticas

Em Portugal suicidam-se cerca de 3 pessoas por dia e muitas mais tentam suicidar-se.

No mundo, este número sobe para 800 mil por ano, cerca de um suicídio a cada 40 segundos (OMS).

O suicídio está entre as 10 maiores causas de morte no mundo, sendo a segunda entre jovens dos 15 aos 29 anos.

Em crianças pequenas o fenómeno é mais raro mas existe. Apesar da morte não ser completamente entendida, é utilizada como fuga para circunstâncias adversas (por exemplo: problemas disciplinares, discórdias familiares ou situações que propiciam zanga, culpa e vergonha).

Fatores de risco
  • Individuais: Doença mental, consumos de substâncias, traços de personalidade, impulsividade, ausência de projetos de vida e sentimento de pertença, etc;
  • Familiares: Perda de alguém, isolamento social, rutura amorosa, abusos físicos e emocionais, etc;
  • Sociodemográficos e educacionais: Fraca rede de suporte, baixo nível educacional, sexo masculino, etc.
Fatores de Proteção
  • Individuais: Saúde mental, autocontrolo, existência de projetos e satisfação com a vida, autoestima, sentimento de pertença, etc;
  • Familiares:  Estabilidade do núcleo familiar, segurança física e emocional, relações amorosas positivas, etc;
  • Sociodemográficos e educacionais: Boa rede de suporte social, elevado nível educacional, acesso a cuidados de saúde, etc.
Motivos para não pedir ajuda:
  • Vergonha;
  • Medo que não os compreendam;
  • Medo das consequências;
  • Não preocupar as pessoas que gostam;
  • Acham que conseguem resolver os problemas sozinhos;
  • Sentem que é a única solução.
Estratégias de prevenção para crianças e adolescentes?
  • Relações familiares positivas e de suporte;
  • Fortalecer o vinculo e relação entre os estudantes nas escolas;
  • Frequência de atividades extracurriculares;
  • Programas de promoção de competência sociais e de resolução de problemas;
  • Promoção da autoestima e autoconfiança;
  • Participação ativa na vida dos filhos.
Como ajudar alguém?

Toda a comunidade é chamada a prevenir o suicídio e todos devemos ter um papel ativo de prevenção. Todos nós podemos estar em contacto direto com pessoas em risco, podemos identifica-las e sermos uma ponte de encaminhamento para serviços de apoio.

  • Leve a sério os pedidos de ajuda;
  • Oiça atentamente e com empatia;
  • Encoraje a pessoa a procurar ajuda profissional.
Sinais de alerta!

Verbalizações: Frases Típicas – “apetece-me desistir de tudo”; Ausência de razões para a vida; Material escrito ou desenhado que expressa pensamentos negativos e de mal estar; Mensagens pessimistas nas redes sociais; etc.

Humor: Mudanças súbitas de humor; Sentimento de desesperança; Sintomas depressivos; Ansiedade; Desinteresse generalizado pela vida e pelas pessoas; Maior irritabilidade; Agitação/zanga; etc.

Comportamentos: Aumento do consumo e substâncias; Mudança repentina nos comportamentos; Desinteresse por atividades que antes eram gratificantes; Isolamento social ou afastamento da rede; Mudança de hábitos, Diminuição dos rendimentos escolares.