Stress – o que é?
O stress é uma resposta fisiológica e comportamental normal a algo que aconteceu ou está para acontecer que nos faz sentir ameaçados ou que, de alguma forma, perturba o nosso equilíbrio. Quando nos sentimos em perigo real ou imaginado, as defesas do organismo reagem rapidamente, num processo automático conhecido como reação de “luta ou fuga” ou de “congelamento”, é a resposta ao stress.
Inicialmente, o stress pode ser positivo, contudo para além de um certo nível, este deixa de ser proveitoso e começa a prejudicar gravemente a saúde, a alterar o humor, a produtividade, os relacionamentos e a qualidade de vida, em geral. São as diferentes fases do stress.
Tipos, fases de stress
Podemos identificar dois tipos de stress: O stress positivo e negativo. A fase positiva (stress positivo) também é conhecida como eustress e a fase negativa (stress negativo) como distress.
Ou seja, o stress nem sempre é negativo. Em pequenas doses, pode ajudar-nos a trabalhar sob pressão e motiva-nos a fazer o nosso melhor. Pelo contrário, quando atinge níveis elevados, o corpo e a mente pagam o seu preço.
- Stress positivo
O stress positivo ajuda-o a manter-se centrado no objetivo que pretende alcançar, enérgico e alerta. Durante uma apresentação estimula a sua concentração ou pode levá-lo a estudar para um exame quando já está cansado e preferia estar a realizar outra atividade, em alternativa.
Em situações de emergência, pode salvar-lhe a vida, dando-lhe a força extra para se defender, mobilizando-o a agir. Na verdade, ele protege-nos, em muitos casos, preparando o corpo para reagir rapidamente a situações adversas. Acontecimentos positivos, mas que constituem uma mudança significativa na nossa vida, como por exemplo casar, uma nova atividade profissional, uma gravidez, mudança de casa ou cidade, etc, também nos podem deixar tensos e provocar stress e ansiedade.
- Stress – sintomas
Os sintomas emocionais são, vulgarmente, os que se seguem:
– Cansaço mental;
– Perda de memória;
– Falta de concentração;
– Apatia e desânimo (pensamentos negativos);
– Ansiedade;
– Preocupação excessiva;
– Alterações no humor (mau humor constante, ou mais frequente);
– Irritabilidade excessiva (a pessoa sente-se frequentemente irritada);
– Agitação psicomotora, incapacidade de relaxar;
– Sentimentos de estar sobrecarregada ou sobrecarregado;
– Sentimento de solidão e isolamento (isolar-se dos outros);
– Depressão ou tristeza;
– Negligenciar responsabilidades, evitar situações;
– O uso de café, álcool, tabaco ou drogas para tentar relaxar.
Os sintomas físicos do stress são, geralmente, os seguintes:
– Sensação de cansaço;
– Dor de costas, dor muscular;
– Diarreia ou obstipação (prisão de ventre);
– Dor na barriga (estômago);
– Azia;
– Tensão arterial alta;
– Tonturas e náuseas;
– Dor de cabeça;
– Dor no peito;
– Frequência cardíaca mais acelerada (taquicardia);
– Perda do desejo sexual (falta de desejo);
– Alergias e constipações frequentes;
– Alterações no apetite (comer muito ou falta de apetite);
– Perturbações do sono (excesso de sono, dificuldade em dormir – sem sono);
– Tiques nervosos (roer as unhas, por exemplo);
– Queda de cabelo;
– Alteração dos níveis de colesterol e triglicerídeos;
– Alterações na menstruação;
– Mãos transpiradas;
– Herpes.
Causas do stress
Identificar as causas do stress é uma importante forma de nos prepararmos melhor para o combater
Causas de stress externas
– Stress no trabalho (stress profissional);
– Problemas financeiros;
– Grandes mudanças na vida;
– Problemas familiares;
– Etc.
Causas de stress internas
– Padrão de comportamento ansioso (stressada / stressado);
– Preocupação constante;
– Pessimismo;
– Expectativas irreais / perfeccionismo;
– Pensamento rígido, falta de flexibilidade;
– Atitudes de “tudo ou nada”.
Existem diferentes tipos de fatores, a saber:
Fatores emocionais: que são também denominados como fatores internos, incluindo medos e ansiedades, bem como certos traços de personalidade (tais como perfeccionismo, pessimismo, desconfiança ou uma sensação de impotência ou falta de controle sobre a própria vida) que podem distorcer o nosso pensamento ou a nossa perceção dos outros.
Fatores familiares: podem incluir mudanças no nosso relacionamento, problemas financeiros, lidar com uma criança difícil ou um adolescente rebelde ou experimentar a síndrome do ninho vazio (quando os filhos se autonomizam e deixam a casa dos pais).
Fatores sociais : surgem nas nossas interações pessoais e podem incluir encontros, festas e falar em público.
Fatores químicos : são aqueles que se prendem com o uso de algum tipo de droga: como o álcool, a nicotina, a cafeína ou tranquilizantes.
Fatores relacionados com a tomada de decisões importantes: tais como a escolha de uma carreira ou de um companheiro.
Fatores fóbicos – são aqueles que dizem respeito, por exemplo, ao medo de andar de avião ou estar em espaços apertados, medo de agulhas, entre outros.
Fatores físicos : são situações que sobrecarregam o nosso organismo e não acautelam as nossas necessidades básicas, de sono ou alimentação, por exemplo; como trabalhar longas horas sem dormir e stress no trabalho, privando-se de alimentos saudáveis ou em ter que estar em pé durante todo o dia. Podem também incluir a gravidez, síndrome pré-menstrual, ou a prática de exercício em demasia.
Fatores relacionados com a dor: podem incluir dor aguda ou dor crónica, também são situações stressantes.
Fatores ambientais: incluem o ruído, o trânsito, a poluição, a falta de espaço, muito calor ou muito frio, são também motivo para agudizar o problema.